Há poucos dias comentava com o Sr. Trigueiro, um dos poucos companheiros de divagações geo/socio/bio/whateverpolíticas virtuais em tempo real, sobre o desejo de ter mais interlocutores com quem debater tais temas. Da nossa troca de achados e idéias, exercida de quando em vez pelo MSN, já aproveitei desde posts para cá até o tema de meu doutorado. É o tipo de interação profícua que, a meu ver, constitui boa parte da verdadeira educação de uma pessoa, aquela que nos força não apenas a conhecer idéias, mas também a processá-las, articulá-las e compará-las. Felizmente já tive a honra de fazer parte de uma espaço em que tal diálogo era uma constante, uma experiência que me enriqueceu de formas muitos diferentes, e em alguns momentos bem mais intensa, que o mero comparecimento aos bancos universitários. Uma experiência feliz, mas que se encerrou. E agora senti novamente a necessidade de buscar um espaço assim e, na falta de um melhor -- enjoado que estou das comunidades orkutianas com seus milhares de palpiteiros --, decidi criar um.
Assim nasceu a Mundo 21, uma lista de discussão à moda antiga para a troca de informações, idéias e o que mais der na telha dos usuários a respeito do mundo contemporâneo. Convidei algumas pessoas que julgo afins com esse objetivo, e estendo o convite a vocês, meus prezados dez leitores. A idéia é criar um grupo de cúmplices intelectuais seguindo o conceito de Allan Bloom, transcrito abaixo. A quem interessar, é só clicar no link acima e se inscrever.
A verdadeira comunidade humana, no meio de todos os contraditórios simulacros de comunidade que nós conhecemos, é a daqueles que procuram a verdade, dos sábios em potencial... de todos os homens que queiram saber. De fato, porém, isso inclui apenas uns poucos, os verdadeiros amigos, como Platão o foi de Aristóteles mesmo quando discordavam sobre a natureza do bem... Formavam uma só alma, de maneira absoluta, ao analisar o problema. Segundo Platão, essa é a única e autêntica amizade, o único e autêntico bem comum. É aí que se deve encontrar o contato tão desesperadamente procurado pelas pessoas (...) Tal é a chave do enigma dos improváveis reis-filósofos . Pertencem a uma verdadeira comunidade, exemplar para todas as outras.
2 comentários:
"Nunca faria parte de um clube que me aceitasse como membro". Magoei porque não fui convidado, agora vou boicotar, falar mal e ainda fazer bonequinho de vodú...
Ora, que injustiça! Se eu postei justamente para que o senhor -- cujo email se perdeu duas formatações atrás -- também visse! Trate já de dar o ar da sua etérea graça na minha nova lista. Será um imenso prazer em tê-lo conosco!
Um abraço geopoliticamente correto,
Rodrigo.
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