Há pouco voltei da peça de título acima, inspirada no manual de trapaça retórica escrito pelo filósofo Arthur Schopenhauer. Um ranzinza misantropo de primeira grandeza, o velho Schop escreveu o livro ainda nos tempos de estudante, sob o título de "Dialética Erística", compilando 38 "estratagemas" capazes de fazer uma platéia desatenta e/ou inculta "dar razão" ao seu usuário a despeito da real consistência de sua tese. Muitas vezes recorrendo a variações de falácias conhecidas, mas também apresentando golpes baixos de outra natureza, o livro recebeu, inicialmente, uma edição comentada por ninguém menos que Olavo de Carvalho, um ás do vale-tudo discursivo e do mau-humor filosófico.
A peça é divertida, consistindo basicamente em uma disputa entre vizinhos que recorrem, cada qual ao seu modo, a vários dos truques schopenhauerianos para tentar levar a melhor sobre o oponente. Dito assim, pode parecer uma encenação didática, mas, na verdade, é uma comédia bastante divertida, com atores representando diferentes aspectos e versões do mesmo personagem e um considerável dinamismo cenográfico. Encenada na pequenina Casa da Gávea -- pequenina mesmo, com a platéia espremida numa pequena sala enquanto aguardava a abertura do teatro porpriamente dito --, A Arte de Ter Razão pode não ser brilhante, mas é um programa original e leve, que merece ser visto. E uma boa pedida é depois ler o livro original, pois sem dúvida a peça deixará os que não o conhecem bastante curiosos.
De quebra, conheci uma blogueira de certo renome. Bem, confesso que nunca ouvira falar dela até o momento em que uma amiga que me acompanhava descobriu quem era a moça bonita que se espremia conosco à porta do teatro. Visitando o seu site, reconheço que a fama tem sua justiça. Então, meus caros cinco leitores, eis que vos apresento Mônica Montone, do blog Fina Flor! [Som de aplausos em massa, por favor.]
A peça é divertida, consistindo basicamente em uma disputa entre vizinhos que recorrem, cada qual ao seu modo, a vários dos truques schopenhauerianos para tentar levar a melhor sobre o oponente. Dito assim, pode parecer uma encenação didática, mas, na verdade, é uma comédia bastante divertida, com atores representando diferentes aspectos e versões do mesmo personagem e um considerável dinamismo cenográfico. Encenada na pequenina Casa da Gávea -- pequenina mesmo, com a platéia espremida numa pequena sala enquanto aguardava a abertura do teatro porpriamente dito --, A Arte de Ter Razão pode não ser brilhante, mas é um programa original e leve, que merece ser visto. E uma boa pedida é depois ler o livro original, pois sem dúvida a peça deixará os que não o conhecem bastante curiosos.
De quebra, conheci uma blogueira de certo renome. Bem, confesso que nunca ouvira falar dela até o momento em que uma amiga que me acompanhava descobriu quem era a moça bonita que se espremia conosco à porta do teatro. Visitando o seu site, reconheço que a fama tem sua justiça. Então, meus caros cinco leitores, eis que vos apresento Mônica Montone, do blog Fina Flor! [Som de aplausos em massa, por favor.]
3 comentários:
Oi, Rodrigo, a Jaque me disse que tinha rabiscado aqui umas coisas sobre nosso encontro [que achei o máximo da feliz coincidência].
Poxa, obrigada pelo carinho, mas ó, não sei se sou blogueira de renome, não, viu? rs*
kkkkkkkkkk
Vamos trocar links e nos mater em contato :o)
beijocas e boa semana,
MM
Por demais interessante... este livro tem um título que sempre me faz ter o livro nas mãos... mas não o levei ainda. Fiquei curiosa com esta peça, espero que um dia venho para "as bandas de cá". :)
Encontrei o Blog Fina Flor de uma forma muito inusitada... procurava um certo gato preto.
Ainda não pude me deter em sua leitura, mas 2008 me aguarda.
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