quinta-feira, agosto 10, 2006

Uma jovem arte

Logo os cinéfilos de todo o mundo terão de reconhecer, se já não o fazem em alguma medida, que ao lado do cinema surgiu uma arte gêmea, com um potencial estético tão forte quanto o de seu irmão mais velho: o videogame. Cada vez mais sofisticado e requerendo doses crescentes de capricho por parte de seus produtores -- em roteiro, música, qualidade de animação --, não deve demorar muito para que sejam vistos como obras artísticas tão meritórias quanto o desenho animado ou simplesmente o próprio filme convencional.

Um bom exemplo do nível de qualidade a que esses jogos podem chegar é esta abertura, uma aterrorizante obra-prima que introduz um dos títulos de uma série lançada em 1996 e que hoje é tida como clássica. George Romero, o seu inspirador, que me perdoe, mas nada do que ele produziu já chegou perto disso: http://www.youtube.com/watch?v=RwqTi1IExwk.

Para os que não estão familiarizados com a história recapitulada nessa abertura, sugiro uma olhada na introdução do segundo jogo, aqui e aqui, seguida deste vídeo, que é mencionado no link de que falei acima e contextualiza a abertura. Para quem quiser se aprofundar na trama, vale a pena conhecer este link.

Quem sabe, quando os críticos vetustos de hoje tiverem já se aposentado, e a minha geração já tiver galgado os degraus da reputação e da responsabilidade -- ainda guardando na memória afetiva os bons tempos com o SNES e o Playstation --, vejamos museus prestando a esse meio o respeito devido.

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