terça-feira, julho 11, 2006

O videogame como obra de arte

Ainda existem pessoas nos Estados Unidos que não levam videogames a sério. São as mesmas pessoas que questionam a relevância do hip hop e supõem que os jornais ainda irão existir daqui a 25 anos. É difícil encontrar uma estatística inegavelmente precisa sobre o valor econômico da indústria do game, mas as estimativas mais positivas chegam a US$ 28 bilhões. Assim, eu não vou gastar nenhum espaço tentando convencer as pessoas de que os games são importantes. Se você está lendo essa coluna, vou assumir que você acredita que os games em 2006 são o equivalente cultural ao rock em 1967, porque isso é (mais ou menos) realidade.

Ok!

Então todos nós concordamos que videogames são uma força importante? E todos assumimos que games têm um significado, que eles refletem visões de mundo e sensibilidades de seu público, certo? E qualquer um que já tenha jogado video games modernos (ou estado em um quarto com alguém jogando) com certeza percebeu que games como “Grand Theft Auto” e “Bad Day LA” são visualmente hipnóticos, porque as imagens são geralmente lindas e os movimentos dos personagens são estranhos e hiper-reais. Todos concordam que essas noções são verdadeiras. O que me leva a propor a seguinte questão: por que não existem críticos de videogames?

(Chuck Klosterman, da revista Esquire, citado no blog do Ricardo Calil)


Parece que não sou o único aspirante a intelectual que leva o mundo dos jogos eletrônicos a sério. Ainda hei de ver acadêmicos eruditos e dados a afetar aquela superioridade olímpica dando palestras sobre a contribuição de Castlevania ao imaginário do terror gótico na era pós-industrial e o valor de Metal Gear como introdução de conceitos de geopolítica na educação dos adolescentes.

Como é bom ter vivido na era do Super Nintendo e do Playstation. Obrigado, Senhor...

Um comentário:

Anônimo disse...

Uma verdadeira obra de arte, sempre torço para não chegar muito perto de um. :P É atração fatal!