Há pouco mais de um mês, quando postei sobre o filme 300, sugeri ao meu amigo Gabriel que escrevesse uma réplica, já que disse discordar de algumas das críticas que fiz na ocasião. Fui prontamente atendido, mas fiquei devendo a tréplica, e agora, sob a bênção de Leônidas e cia., espero saldar essa dívida.
A intenção inicial era um debate, mas depois de ler o texto do nosso blogueiro de vaudeville, vi o quanto isso era inviável e por uma questão muito simples: gosto. As mesmas coisas que me incomodaram -- o chroma key, a construção hiperbólica dos personagens, a matança à Kill Bill -- foram as que deram ao Gabriel uma satisfação estética que transparece a cada frase do seu texto. Para ele, 300, uma graphic novel filmada com grande fidelidade ao original, pode se permitir vários tipos de licença poética sem grandes problemas; é uma ficção que se reconhece como tal, na qual mutantes de quatro metros, reis persas cobertos de adornos tribais e espadas de corte laser são perfeitamente cabíveis. Na verdade, ajudam a dar ao espectador uma impressão artística que seria impossível numa abordagem mais realista. Já para mim, tal opção do diretor do filme não agradou justamente por estilizar e adornar demais um episódio histórico que, por si mesmo, renderia um drama merecedor de Oscar. Mesmo com as liberdades históricas exigidas pela obra de Frank Miller, eu esperava mais filme e menos videoclipe, mais naturalismo e menos computação gráfica.
Ora, como definir qual opção é melhor? Impossível. Avaliar uma obra de ficção é algo muito subjetivo, sobretudo quando se parte de premissas estéticas muito diferentes. Assim, meu caro Gabriel, permita-me concordar em discordar -- continuo não achando 300 o filme admirável a que você assistiu. Por outro lado, reconheço que teria sido mais justo fazer uma crítica conjunta ao filme e à história em quadrinhos, uma vez que estão tão entrelaçados. Pena que não tenho a minissérie, mas é um cuidado que procurarei ter numa ocasião semelhante.
A propósito, alguém aí já viu a peça "A Arte de Ter Razão"?
A intenção inicial era um debate, mas depois de ler o texto do nosso blogueiro de vaudeville, vi o quanto isso era inviável e por uma questão muito simples: gosto. As mesmas coisas que me incomodaram -- o chroma key, a construção hiperbólica dos personagens, a matança à Kill Bill -- foram as que deram ao Gabriel uma satisfação estética que transparece a cada frase do seu texto. Para ele, 300, uma graphic novel filmada com grande fidelidade ao original, pode se permitir vários tipos de licença poética sem grandes problemas; é uma ficção que se reconhece como tal, na qual mutantes de quatro metros, reis persas cobertos de adornos tribais e espadas de corte laser são perfeitamente cabíveis. Na verdade, ajudam a dar ao espectador uma impressão artística que seria impossível numa abordagem mais realista. Já para mim, tal opção do diretor do filme não agradou justamente por estilizar e adornar demais um episódio histórico que, por si mesmo, renderia um drama merecedor de Oscar. Mesmo com as liberdades históricas exigidas pela obra de Frank Miller, eu esperava mais filme e menos videoclipe, mais naturalismo e menos computação gráfica.
Ora, como definir qual opção é melhor? Impossível. Avaliar uma obra de ficção é algo muito subjetivo, sobretudo quando se parte de premissas estéticas muito diferentes. Assim, meu caro Gabriel, permita-me concordar em discordar -- continuo não achando 300 o filme admirável a que você assistiu. Por outro lado, reconheço que teria sido mais justo fazer uma crítica conjunta ao filme e à história em quadrinhos, uma vez que estão tão entrelaçados. Pena que não tenho a minissérie, mas é um cuidado que procurarei ter numa ocasião semelhante.
A propósito, alguém aí já viu a peça "A Arte de Ter Razão"?
2 comentários:
Rapazola,
O senhor resumiu bem: questão de gosto. Foi uma honra divagar contigo, rapaz.
obs: Gostei muito do seu texto sobre o Homem-Aranha 3. Infelizmente ainda não consegui assistir. Pretendo resolver isso o mais rápido possível! :>)
Grande abraço!
Ah...eu vou assistir...ehehehehe...de grátis. vc não vai...lálálálálá...
Detalhe, o povo da peça, toda equipe faz parte da minha antiga faculdade. Quanto orgulho.
Beijos
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