domingo, junho 05, 2005

Reality show em mosteiro

Tradução feita por Felipe Ortiz e colhida em http://www.wunderblogs.com/alexandrinas/archives/017295.html#more. A notícia original está aqui.


REALITY SHOW EM MOSTEIRO MUDA CINCO VIDAS PARA SEMPRE

Cinco homens, incluindo desde um ateu envolvido no mercado da pornografia até um ex-paramilitar protestante, tiveram suas vidas inesperadamente transformadas naquela que é a última fronteira dos reality shows da TV: um mosteiro.

Mais para Oh Brother! do que para Big Brother, os cinco se submeteram a uma reforma espiritual passando quarenta dias e quarenta noites com monges católicos romanos na Abadia de Worth, em West Sussex.

A experiência, que será exibida na BBC 2 este mês, foi concebida para verificar se a tradição monástica inaugurada por São Bento há mil e quinhentos anos ainda tem alguma relevância para o mundo moderno.

Embora os participantes não fossem solicitados a votar nas expulsões uns dos outros, eles encararam o desafio de viver juntos numa comunidade e de obedecer a um regime disciplinado de trabalho e de oração. No final, o ateu Tony Burke, de 29 anos, tornou-se um crente e abandonou seu emprego de produtor de comerciais para um disque-sexo depois de passar por aquilo que ele descreveu como "uma experiência religiosa".

Gary McCormick, de 36 anos, o ex-membro da Associação de Defesa do Ulster [facção armada protestante da Irlanda do Norte, anti-IRA -- nota do tradutor] que passou uma grande parte de sua juventude na cadeia, começou a derrotar seus demônios interiores.

Peter Gruffydd, um professor aposentado, recobrou a fé que rejeitara em sua juventude; e Nick Buxton, de 37 anos, um bacharel em Cambridge, chegou às raias de virar um padre anglicano.

O quinto "noviço", Anthony Wright, de 32 anos, que trabalha para uma editora jurídica de Londres, começou a resolver seus traumas de infância.

A série em três capítulos chamada The Monastery mostra os cinco se submetendo às regras do mosteiro, com horários estritos de instrução, estudo, oração, reflexão e trabalho. Também são exibidas as suas intensas e freqüentemente dolorosas sessões com seus mentores religiosos, monges designados para guiar cada um deles em suas jornadas espirituais.

No final de uma dessas sessões o Sr. Burke, com voz turvada pela emoção, confessou seus sentimentos numa seqüência para um vídeo-diário. "Eu não queria que isso acontecesse", disse.

"Mas algo me tocou, algo falou muito profundamente comigo. Foi uma experiência religiosa."

"Quando acordei nessa manhã, não acreditava nisso; mas, como estou dizendo para vocês agora, eu acredito. Seja lá o que for, eu acredito nisso."

Os participantes (dos quais nenhum era católico romano) compartilhavam as refeições com os monges, trabalhavam nos jardins e participavam das orações diárias, desde as Matinas de manhã cedo até as Completas [que acontecem à noite, antes de dormir -- nota do tradutor]. Eles também eram obrigados a seguir as regras monásticas de silêncio, obediência e humildade.

No começo, os recém-chegados estavam céticos e a disciplina não foi alcançada facilmente -- dois deles foram repreendidos por terem deixado o mosteiro "à procura de virgens e cigarros".

No final, todos admitiram que a experiência deixara neles um impressão profunda.

O Pe. Cristopher Jamison, o abade, disse que o mosteiro ficou encantado com os resultados.

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