domingo, outubro 31, 2010
Após a eleição
sexta-feira, outubro 29, 2010
Amor de plenitude
quinta-feira, outubro 28, 2010
O remorso de Orestes
sábado, outubro 23, 2010
Credo
quinta-feira, outubro 21, 2010
Jornalista denuncia censura oficial ao vivo em Goiás
sábado, outubro 16, 2010
A "busca da felicidade" nos torna infelizes?
quinta-feira, outubro 14, 2010
Indômito
Não te rendas jamais
Procura acrescentar um côvado
à tua altura. Que o mundo está
à míngua de valores
e um homem de estatura justifica
a existência de um milhão de pigmeus
a navegar na rota previsível
entre a impostura e a mesquinhez
dos filisteus. Ergue-te desse oceano
que dócil se derrama sobre a areia
e busca as profundezas, o tumulto
do sangue a irromper na veia
contra os diques do cinismo
e os rochedos de torpezas
que as nações antepõem a seus rebeldes.
Não te rendas jamais, nunca te entregues,
foge das redes, expande teu destino.
E caso fiques tão só que nem mesmo um cão
venha te lamber a mão,
atira-te contra as escarpas
de tua angústia e explode
em grito, em raiva, em pranto.
Porque desse teu gesto
há de nascer o Espanto.
Eduardo Alves da Costa
terça-feira, outubro 12, 2010
Angústia eleitoral
Com lento amor
Com lento amor olhava os dispersos
Tons da tarde. A ela comprazia
Perder-se na complexa melodia
Ou na curiosa vida dos versos.
Não o rubro elemental mas os cinzentos
Fiaram seu destino delicado,
Feito a discriminar e exercitado
Na vacilação e nos matizes.
Sem se atrever a andar neste perplexo
Labirinto, olhava lá de fora
As formas, o tumulto e a carreira,
Como aquela outra dama do espelho.
Deuses que habitam para lá do rogo
Abandonaram-na a esse tigre, o Fogo.
Jorge Luis Borges
sexta-feira, outubro 08, 2010
quinta-feira, outubro 07, 2010
Os maniqueus e o 2º turno
Vida obscura
terça-feira, outubro 05, 2010
"Vale Tudo", 22 anos depois.
domingo, outubro 03, 2010
Eleição
sábado, outubro 02, 2010
Indústria é acusada de criar doença para vender remédio
Saiu no "British Medical Journal': laboratórios inventaram disfunção sexual feminina para lançar Viagra da mulher
Artigo em periódico científico diz que pesquisas em hospitais foram financiadas; empresas se defendem
GUILHERME GENESTRETI
DE SÃO PAULO
Análise publicada na última edição do "British Medical Journal" acusa a indústria farmacêutica de ter financiado pesquisas para transformar falta de desejo feminino em doença. Objetivo: vender remédios.
O texto de Ray Moynihan, professor da Universidade de Newcastle, Austrália, e jornalista de saúde, diz que a Pfizer financiou cursos em hospitais dos EUA dizendo que 63% das mulheres têm alguma disfunção sexual - e que testosterona e sildenafila (componente do Viagra, medicamento produzido pelo laboratório) seriam úteis para tratar o problema.
No Brasil, em junho, a Boehringer apresentou o medicamento Flibanserina como promessa para a falta de desejo entre as mulheres. No mesmo mês, conselheiros da FDA (agência reguladora dos EUA) contestaram a eficácia do "Viagra feminino".
Para o psiquiatra Sérgio Campanella, do Hospital das Clínicas, congressos que apostem no sucesso definitivo dos remédios só contribuem para a desinformação.
"A libido não é resolvida a contento pelas substâncias químicas que a pessoa ingere, mas pela identificação dos fatores psíquicos que estão por trás dela."
OUTRO LADO
A Pfizer informou que "sempre se pauta em dados médicos para falar de doenças que afetam a população" e que já fez testes com Viagra para o tratamento de disfunções sexuais femininas, mas que os estudos da eficácia foram "inconclusivos".
Já a Boehringer disse que os medicamentos pesquisados e desenvolvidos por ela "são fundamentados em estudos clínicos precisos e de acordo com protocolos exigidos pelos órgãos reguladores nacionais e internacionais".