segunda-feira, julho 05, 2010

Os ingredientes do psicopata

Há uns 4 ou 5 anos, eu fiz um post sobre o que a ciência diz sobre a psicopatia. Comprei um livro a respeito e, de lá para cá, o assunto aparece em revistas de divulgação científica ou em livros de sucesso. Até aqui eu pensava que a relação entre as peculiaridades do psicopata e certas anormalidades cerebrais era explicação suficiente para o fenômeno. Mas agora encontro um artigo que sugere outras possiblidades. Afinal, se você tem o cérebro de um psicopata e os marcadores genéticos de um psicopata, você não deveria ser um psicopata? Segundo este artigo, parece que não. No entanto, uma coisa que me ocorre agora, dois minutos após a leitura: dá para confiar numa pesquisa chefiada por alguém com o perfil orgânico de um psicopata?

Vai saber...

Seja como for, o artigo sugere que ter sofrido abusos na infância (violência ou a ameaça dela) seria um componente fundamental para ativar a psicopatia. Bem, eu não me lembro de ter lido nada sobre isso. É bem verdade que o sofrimento infantil pode alterar as respostas emocionais de um indivíduo para sempre, mas daí a fazer um psicopata, isso para mim é novidade. Terei me esquecido de um detalhe tão importante? Estará a matéria recheada de wishful thinking? Não sei, mas fica registrada a referência. E vale a pena ler os comentários dos leitores.


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