terça-feira, outubro 03, 2006

Pobres gigantes...



Quando criança, lembro-me bem de gostar de filmes com temas fantásticos. Dentre eles, poucos se igualavam ao apelo daqueles de ficção-científica em um uma formiga, uma aranha ou qualquer outro pequeno animal aparecia em versões colossais para atacar a nossa pobre humanidade. As causas eram sempre as mesmas -- radiação proveniente de tecnologia nuclear ou intoxicação por detritos químicos --, mas as chamadas e os traillers eram absolutamente fascinantes: pessoas desesperadas correndo dos monstros, quase sempre numa cidade, enquanto o locutor em voz alarmada anunciava o filme "inédito" para o horário nobre. Ainda me recordo perfeitamente da minha contrariedade numa festa de casamento, aos 7 anos, por estar perdendo "O Ataque das Aranhas Gigantes" que passava pela 547ª vez no SBT. O filme se tornava ainda mais saboroso quando tinha seu título alterado para "O Império das Aranhas Gigantes", uma fraude que hoje deixaria Antonio Negri orgulhoso e deixava no ar a dúvida quanto a se o filme anunciado era o mesmo exibido quinze dias atrás.

Foi numa edição especial do Reader's Digest que li pela primeira vez o quão fictícia a idéia de insetos gigantes (e outros filos menos cotados) era, pela impossibilidade orgânica implicada nas aranhas de 15 metros que eu tanto apreciava. E agora, conferindo a última atualização do Arts & Letters Daily, deparei-me com essa instrutiva e divertida análise que mostra por que esse conhecidíssimo tema dos filmes B nunca deixará de ser ficção. Com vocês, The Biology of B-Movies.

Um comentário:

Anônimo disse...

Acho que deviam inserir esse capítulo nos livros de biologia. hehehe