Às vezes penso que os EUA são um país estranho. Naturalmente, falo do ponto de vista de um brasileiro. E poucas coisas americanas me parecem mais estranhas do que as comemorações da Guerra Civil, ou Guerra de Secessão (1861-1865). Afinal, foi um conflito que matou 620.000 pessoas, mais do que todas as outras guerras de que os EUA participaram juntas; que arruinou o que era até então a região mais rica do país; e que foi o resultado da teimosia dessa mesma região em manter uma instituição já à época largamente reconhecida como desumana, a escravidão. Então, comemorar o quê? Até entenderia que houvesse comemorações por parte das força do Norte, que venceram a guerra e poderiam se gabar de o terem feito em nome da liberdade humana (embora a verdade seja mais complicada do que isso). Mas quem é muito lembrado por comemorar a guerra é surpreendentemente o Sul -- que perdeu não só a guerra em si, mas qualquer base moral para sua causa.
Felizmente, parece que as coisas estão começando a mudar, segundo este artigo da History News Network: http://hnn.us/articles/138512.html.
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