Do meu amigo de Facebook, o historiador e professor Nélio Galsky:
"Segundo Fest, Hitler odiava discutir com intelectuais. A razão é que eles sempre começavam seus argumentos com expressões como: 'por outro lado'; 'temos que levar em consideração também', etc. Sem dúvida, o posicionamento do Führer tem continuidade na falta de racionalidade que pauta as discussões sobre o radicalismo islâmico."
Nunca fui particularmente interessado no Islã. O Budismo, por exemplo, sempre me atraiu mais do que os grandes monoteísmos clássicos. Mas percebo que sou obrigado a conhecê-lo melhor, dada a intensa e crescente campanha de difamação -- sim, difamação -- promovida pela extrema-direita ocidental, notadamente nos EUA e, por extensão, no Brasil. Não são apenas os religiosos fundamentalistas de sempre, que atacam tudo que não seja seu; são ideólogos, políticos profissionais, pessoas de mídia, intelectuais, muitos dos quais até ontem acusavam o "Comunismo" de todas as mazelas da modernidade e agora, por ironia, confirmam o dito de Marx sobre tragédias históricas que se repetem como farsa. Já não se trata mais apenas de posições políticas, mas de toda uma religião, e toda as culturas a ela relacionadas, condenadas em bloco, com generalizações e exageros que fariam corar qualquer um que se guiasse pela lógica e um pouco de objetividade. Não raro, o tom e a argumentação usada me lembram demais o antissemitismo de 80 anos atrás -- coisa que pessoas estudadas neste século XXI não têm o direito de fazer, mas fazem. E quando se lhes contrapõe alguma coisa, apontando um erro conceitual ou, o que é mais fácil, a falácia de uma exposição, não querem ouvir. "É o discurso politicamente correto", dizem, como se a alegação de que 1,5 bilhão de crentes espalhados pelo mundo estivessem mentindo sistematicamente sobre suas crenças para "invadir" o Ocidente livre e cristão fosse autoevidente.
Não adianta ser cristão, não adianta discursar a favor dos altos valores da civilização ocidental e citar autores proeminentes, e proclamar a maravilha da liberdade individual acima de tudo, quando não se consegue fugir ao hábito milenar do maniqueísmo tribal e da histeria nacionalista (agora projetada para uma "civilização"). É como nas ditaduras da Guerra Fria, em que se justificava a tirania, a tortura e a opressão como forma de defesa contra uma outra tirania, outra tortura e outra opressão. "Vamos perseguir, prender e matar antes que o outro lado o faça", era a desculpa, ainda hoje repetida sem pudores por tantos. Até entendo que isso possa acontecer entre os mais ignorantes; mas entre aqueles que vivem de ideias, que se afirmam autoridades intelectuais e formam opiniões, é uma falha clamorosa -- não apenas intelectual, mas ética também. Afinal, como diz o Evangelho de Lucas, "muito se pedirá a quem muito recebeu".
Isso também tem a ver, aliás, com a mentalidade da nova direita emergente no Brasil. Seja na forma mais vulgar ou na mais sofisticada, o discurso de combate a um inimigo onipresente e maligno, encarnado numa ideia e seus adeptos (em oposição à classe social e a estruturas econômicas, favorita da esquerda), é o grande elementos mobilizador. Mas disso falaremos a seu tempo. Por ora, fica registrada a frustração de ver pessoas de grande potencial e preparo se deixando arrastar pelos esgotos do ódio.
Antes da Internet, havia o BBS. Para os demasiado jovens para saber do que se trata, o BBS se assemelhava a um site para o qual se ligava através de um modem. Havia uma interface gráfica simples, à maneira do MS-DOS, administrada por um Sysop, e dali, mediante uma assinatura, se podia baixar todo tipo de arquivo ou participar de fóruns de mensagens. Diferentemente dos sites de hoje, no entanto, o BBS era um mundo fechado: não havia links externos e, para se ir de um para outro, era preciso desconectar e fazer outra ligação pelo modem, na boa e velha conexão discada:
Em agosto de 1996, o mesmo ano em que entrei na Faculdade de Comunicação Social da UERJ, ganhei meu primeiro computador. Já existia Internet no Brasil, mas era bem mais rara e desconhecida. Meu único contato com ela fora na própria universidade, numa demonstração do site do Jornal do Brasil que não deu muito certo: a conexão lentíssima tornava o carregamento da homepage uma tortura, sem falar na pouca familiaridade com o próprio equipamento do micro. Em casa, porém, o CentroIn BBS seria o primeiro estágio da minha vida virtual. Além da profusão de arquivos disponibilizados, subidos pelos próprios usuários -- programas, imagens, vídeos, sons, numa época em que 1 megabyte era uma coisa gigantesca para se baixar -- havia os fóruns, divididos por assunto. Mas eles não eram propriamente online: usavam-se programas de correio para baixar os "pacotes" de mensagens do dia, respondia-se online e então se mandava o "pacote" das réplicas.
Havia de tudo, mas o de Religião era de longe o meu favorito. Budistas, judeus, católicos, protestantes, adeptos da Nova Era, ufólogos, espíritas, ateus... Havia de tudo, sob a supervisão de um coordenador eleito que só atuava em casos sérios de desentendimento. O nosso era Claudio Miklos, artista plástico e praticante do Budismo, possivelmente o mais erudito e sensato de todos nós. Suas intervenções eram sempre apropriadas, seus textos sempre interessantes e sua atitude geral era de tolerância e fraternidade. Mas não é por ele que incluí o assunto nestas Memórias..., e sim por uma outra pessoa, meio que uma "ovelha negra", o primeiro de sua espécie a entrar em minha vida: o católico conservador Carlos Ramalhete.
Para entender o porquê de eu mencioná-lo, uma nota sobre contexto se faz necessária: religião foi um elemento muito importante da minha adolescência. Fã de livros de "realismo fantástico" desde criança, descobri o Espiritismo aí pelos doze, e passei a frequentar um centro espiritualista universalista aos quinze. A ideia de que religiosidade não era uma questão de templos e cerimônias, e que Deus se expressava em todas as religiões em vez de se restringir a apenas uma eram fundamentais na minha visão de mudo. As pessoas com quem eu convivia e que se preocupavam com tais assuntos geralmente tinham a mesma opinião -- e as que não tinham, eram geralmente católicos "não praticantes", essas figuras indefinidas e amáveis tão comuns no Brasil. Não estava acostumado a ver ninguém brigar por religião, e se visse, acharia de uma deselegância profunda. E no fórum de que participava no BBS, a postura geral dos usuários era mais de troca de ideias e perspectivas, não de conflito.
Isto é, até Ramalhete se manifestar.
Não me recordo de nenhum conteúdo específico que ele tenha trazido à tona, nem sei o que os outros membros, mais antigos, pensavam a respeito. O que marcou foi sua postura: ele definitivamente não era um universalista, nem tinha qualquer pudor quanto a isso. A sua igreja era a legítima, a verdadeira, e ponto final. Naturalmente, isso gerava algumas tensões e destoava naquele ambiente. Um supremacista desinibido entre ecumenistas naturalmente parece agressivo, e era assim que eu o via. Provavelmente interagimos algumas vezes, mas não tenho certeza. A impressão negativa, contudo, ficou.
Em 97, descobri a Internet. E novamente descobri um fórum sobre religião, agora uma "lista de discussão". Esse era menos variado, os membros mais ativos sendo eu mesmo, um pastor cego que enviava uma mensagem diária e um rapaz católico que adorava polêmicas, Cledson. Convertido do protestantismo, Cledson ilustrava à perfeição o que se diz do entusiasmo dos conversos. Com ele polemizei inúmeros vezes em mensagens gigantescas, réplicas parágrafo a parágrafo, não raro com argumentos tirados de sites como a Secular Web. Em retrospecto, não soa lá muito coerente: eu, um espírita universalista, alimentando-me de polemistas ateus e céticos para combater as crenças "irracionais" de um católico aguerrido. Em termos de argumentação e história das ideias religiosas, foi um aprendizado fantástico e uma verdadeira formação; em termos éticos, uma incoerência juvenil.
Ramalhete e Cledson foram amostras de como o catolicismo não era a massa amorfa que eu julgava. Mas até aí, estávamos apenas no campo da polêmica religiosa, sem extrapolação política. Esta eu descobriria depois, quando meu deparei com coisas como a Frente Universitária Lepanto. Esse tipo de "nacionalismo religioso", supremacista por natureza e excludente por consequência, me mostrava que meus dois colegas de fórum não eram casos isolados, fanáticos excêntricos falando somente por si mesmos, mas parte de uma espécie muito maior. Muito mais do que a virgindade de Maria ou a divindade de Jesus, tratava-se de uma toda uma visão da história do mundo que, se aceita, teria sérias consequências. Para começar, pluralismo religioso não era o forte desse pessoal, uma vez que qualquer alternativa era ilegítima a priori; mais do que isso, todos os processos históricos que haviam tornado possíveis essa pluralidade, da Reforma ao Iluminismo e à Revolução Francesa, bem como o liberalismo e a separação entre Igreja e Estado, eram contestadas. (Lembro-me bem de um jornalzinho da TFP na porta da faculdade em que se louvava a vida idílica dos camponeses da França no Antigo Regime.) O universalismo que eu havia aprendido como um valor precioso tinha, neste mundo diferente, uma chave inversa: em vez de virtude, era uma fraqueza moderna, quando não uma heresia; não era propriamente um sinal de respeito ao próximo, mas antes uma fragilidade moral, um sintoma de uma sociedade que jamais deveria ter se desviado da égide do Cristo, representado pela sua única igreja.
O contato com esse tipo de nicho, que verdadeiramente pode ser chamado de reacionário sem medo de indelicadeza, me preparou o espírito para alguns setores da chamada nova direita. Diferentemente da maior parte do protestantismo brasileiro, dominado por igrejas neopentecostais estridentes, mas intelectualmente rasas, o catolicismo tem uma tradição apologética milenar. Em debates mais cultos, isso é um patrimônio formidável, que pode ser muito atraente para quem procura uma liderança intelectual. Conheci pessoas que, sobre qualquer questão, pulam de um santo doutor a outro e evocam tradições, obras e pensadores que, em 90% das vezes, serão muito pouco conhecidos pelo interlocutor típico, dando-lhes certa vantagem psicológica e pelo menos a aparência de solidez intelectual. Se for um debate público, essa vantagem pode ser decisiva: não é por acaso que uma das técnicas consagradas de Olavo de Carvalho é tachar seus oponentes de ignorantes por não usarem as mesmas referências intelectuais que ele -- omitindo o fato de que, às vezes, elas não têm o reconhecimento e a autoridade que ele lhes atribui a não ser em nichos muito específicos. Como manobra retórica ("Como você pode se dizer um historiador/sociólogo/whatever se não conhece Fulano de Tal?"), é eficaz: se o interlocutor/oponente for honesto, vai reconhecer sua pouca familiaridade com aqueles autores e "estudos irrefutáveis" e precisará de tempo para entender o que está sendo dito, dando ao outro a aparência de superioridade. É uma posição a que especialistas e acadêmicos não estão muito acostumados e para a qual raramente têm defesas.
No post anterior, mencionei como o surgimento da nova direita nos anos 90 tinha muito de uma rebelião intelectual contra a pasmaceira intelectual -- incluindo valores -- vigente. À luz dessa premissa, fazia todo sentido que parte da contestação viesse de setores religiosos: em nossas universidades... não, em nosso meio intelectual contemporâneo, a religião tende a ser um embaraço, algo que no máximo se tangencia. Levar seus princípios a sério, ou até as últimas consequências, ainda causa estranhamento e desaprovação. Mas o fato de ela ser malvista entre os "sábios" não a torna menos importante para um número enorme de pessoas, que, uma vez atingindo um determinado nível de instrução e acesso à conectividade propiciada pela tecnologia, vai tomá-la como referência em debates, sites, associações e movimentos. Que isso fosse chegar ao mainstream político e à (re)constituição de discursos ideológicos de combate, parece evidente quando se olha para trás, mas, na época, não parecia tanto. Por enquanto, ainda ficaremos na fase "marginal" em que o movimento se encontrava nos anos 90 e começo de 2000.
Foi em 1996 a primeira vez que ouvi falar, pelos jornais, de uma polêmica curiosa. Alguém havia dito, em linha gerais, que se recusava a criar o filho num país onde Caetano Veloso era considerado pensador. Aos meus 16, 17 anos, achei divertido o ataque a uma vaca sagrada por quem nunca morri de amores. Como qualquer jovem em busca não só da "cultura", mas também da aparência da cultura sabia à época, havia pessoas de quem não se podia falar mal, sob pena de opróbrio e olhares de pena ou desdém: Caetano, Chico Buarque ou, noutro campo, Fernanda Montenegro, Marília Pera e outros. Mesmo que você não gostasse deles, tinha de demonstrar certo respeito -- até alguém ousar dizer que o rei estava nu e quebrar o acordo tácito sobre o que estava ou não acima do bem e do mal. Havia um prazer um tanto malvado na coisa.
O iconoclasta em questão era Bruno Tolentino, poeta e professor universitário de quem nunca ouvira falar antes. Mas não foi por ele quem recordei a polêmica, e sim por um seu admirador que também apareceu nos jornais nesse momento. Um homem que também não era familiar, mas fez do ataque sistemático a vacas sagradas, piedades politicamente corretas e tabus vários uma arte e, ao fazê-lo, ensinou uma geração de jovens estudantes uma forma diferente de rebelião. Aprendíamos a dizer o que os mais velhos não ousavam, a contestar o que pareciam "dogmas" e a divisar obras, discursos e ideias completamente fora do radar de nossos professores universitários e da grande imprensa. Era um pequeno universo paralelo, um nicho de discussões, em que um certo clima de "clandestinidade" apimentava o intelectualismo aspirante do que pareciam ser apenas algumas dúzias de graduandos Brasil afora. Não era apenas o prazer de descobrir coisas novas, mas de explorar uma terra incognita mental: questões diante das quais os nossos mestres, confortavelmente instalados nos tronos da autoridade socialmente reconhecida, silenciavam com desdém ou, pior, fugiam constrangidos. "Como você se atreve a questionar o autor X ou a ideia Y?", era o máximo que se conseguia. E foi aí, nesse vácuo deixado pelo establishment intelectual-universitário, que esses jovens contestadores encontraram em Olavo de Carvalho uma referência, ou mesmo um líder: o outsider carismático que, com erudição aparentemente infinita e contundentes artigos de jornal, "desmascarava" os falsos ídolos de nossos pais e professores. E estes, eles próprios rebeldes em sua juventude, muitas vezes pareciam chocados ao verem que as convicções pelas quais tanto haviam lutado durante os anos de chumbo -- a igualdade social, o reconhecimento da cultura nacional, a superioridade moral da esquerda política, a recusa da religião como algo relevante na arena pública -- precisavam demonstrar seus méritos. Como assim!?
Para quem possa estranhar essa fascinação tendo em vista o que Olavo diz e evoca hoje, cabe lembrar que em meados dos anos 90 ele tinha muito mais compostura pública. Comunicando-se principalmente pela escrita e tendo jornais como meio principal de divulgação -- seu curso de Filosofia era necessariamente mais limitado --, sua linguagem obedecia aos padrões tradicionais da imprensa opinativa. Ele também era muito mais comedido quanto a teorias de conspiração e mais seletivo na escolha dos temas, geralmente atualidades, cultura e grandes e ideias. Mantinha-se, pois, dentro de certos parâmetros de respeitabilidade. Mas o que realmente atraía em seus textos eram o senso de humor incisivo, as críticas a um sem-número de figuras públicas (que raramente se dignavam a responder ou que, quando o faziam, nunca era com a mesma verve) e as referências a ideias e autores que, se quase ninguém conhecia, pareciam fazer muito sentido na maneira como eram apresentados. E quanto mais célebre fosse a vítima da eloquência olaviana, menos probabilidade havia de uma réplica ou debate. E assim, sem que houvesse qualquer reação, milhares aprenderam a desprezar Marilena Chauí sem nem mesmo saberem direito quem era, ou os professores de Humanas da USP, mesmo sem conhecerem de suas credenciais ou sua obra. Bastava saber -- e todos "sabiam" -- que eles eram parte de uma elite intelectual mimada, aferrada a ideias ultrapassadas (o chavão dos "100 milhões de mortos pelo comunismo" veio depois), e incapaz de uma debate real. Silenciavam enquanto uma intelectualidade alternativa e antagônica se formava embaixo dos seus narizes, porém fora do circuito acadêmico que controlavam e ao qual estavam acostumados. Não se pode culpá-los de todo: no campus e na sociedade em geral, eram realmente poucas as vozes que contestavam sua autoridade de forma visível. Por que se preocupar com um nicho ainda marginal de contestadores, sem cargo nem poder editorial? E foram deixando as ideias e artigos circularem sem resposta em meio à "plebe" acadêmica juvenil, nas poucas colunas impressas e fóruns online disponíveis -- uma marginalidade que nem de longe parecia capaz de chegar aos centros de prestígio acadêmico.
Lembro-me de uma ocasião na UERJ, um evento no auditório da Faculdade de Comunicação Social, em que se criticava o "neoliberalismo" do governo Fernando Henrique e a Rede Globo, então o discurso padrão da esquerda. Devia ser o ano de 1996, talvez 97, e estávamos entre o segundo e o quarto período do curso. Era algum tipo de conferência ou mesa-redonda e um colega, Daniel, e apenas ele, fez o que era quase impensável: na hora das perguntas da plateia, ele questionou a tese do expositor. Infelizmente não me recordo mais do conteúdo do que ele disse, nem tampouco posso julgar seu mérito, mas lembro da impressão de surpresa: ele era o único que apresentou um contraponto em um auditório cheio em vez de tomar como certos os pressupostos do que era dito, a saber, a maldade inerente do governo e da Globo. Noutras palavras, ele demandou do que parecia uma exposição de fatos consensuais uma defesa convincente. Apesar do pouco tempo de faculdade, eu já sabia que isso era inusitado e por isso marcou a memória: com serenidade e polidez, Daniel questionou uma narrativa que não costumava ser desafiada -- e, ao mesmo tempo, mostrou a pobreza de perspectivas do que passava por discurso crítico em nossa faculdade, mesmo sendo a segunda mais disputada no maior vestibular público do Rio de Janeiro daquele tempo.
Esses três elementos intelectuais -- o frisson de uma rebelião ideológica sem grandes custos num ambiente democrático, a inércia/inépcia dos intelectuais e acadêmicos estabelecidos e a pouca variedade de pontos de vista em circulação nos meios mais educados --, somados ao aparecimento da Internet e uma mídia virtual alternativa, estão na raiz do que viria a ser nova direita brasileira. (Continua.)
As redes sociais "mataram"os blogs. Uma atualização de status no Facebook provavelmente tem mais leitores, mesmo descontando as travessuras algorítmicas de Zuckerberg, que um post da maioria dos blogs ainda existente, inclusive este. Ainda assim, os blogs têm pelo menos uma vantagem: a permanência. Certo, a relativa permanência. De qualquer forma, é muito mais fácil achar uma postagem aqui do que no Facebook, onde as coisas mais interessantes são soterradas por compartilhamentos e outras postagens mais triviais. Por isso, como uma forma de "guardar" algumas coisas, e torná-las acessíveis pelos sites de busca, decidi retornar ao Divagações. Ele tem poucos acessos, deve ter sido esquecido até pelos leitores que tinha, mas está aqui, firme e forte, desde 2004. E há de continuar.
A você, que volta ou chega pela primeira vez, minhas boas-vindas. ;-)