domingo, janeiro 29, 2006

$cientia

Muito se fala de cientistas e suas descobertas, mas o quanto rende trabalhar com a Ciência? Para quem ainda não tinnha pensado nisso ou simplesmente tem curiosidade, uma organização fez um levantamento das médias salariais de várias categorias profissionais ligadas à atividade científica nos EUA. As tabelas estão aqui: http://www.jupiterscientific.org/sciinfo/sciencesalaries.html.

Parece que os físicos estão em alta. Tão em alta que já até escreveram sua versão para a Bíblia, com trechos disponíveis no mesmo site, do qual transcrevo a primeira parte do que seria a Gênese. Convenhamos que é uma forma criativa de divulgar as proezas dessa nova casta de iniciados.

The first book of Creation, called

Genesis I: The Planck Epoch

In the beginning,
the World was without form and void;
and darkness was upon the face of the deep.

– The Holy Bible

In the "Beginning," there was no beginning. Before the Planck time, there was no time and there was no space. The Universe was in a quantum state with wild fluctuations. (The hummingbird’s wings flap fast and are invisible.) What one might have called spacetime was incomprehensible. The quantum Universe was a trillion-trillion worlds. Potential worlds were bubbling forth and were evaporating like unto the waters in a boiling pot. And tunnelling and fluctuations moved thy proto-World among these worlds. And quantum gravity wreaked havoc. The waves of gravity were everywhere. The Universe was like a thousand knots.

Near the "Beginning," there was almost nothing. The Universe was unimaginably hot and small. And somehow from this senseless void would emerge thy World. And somehow from this emptiness there would emerge a time and space. Thy Universe would soon conceive itself. And from the almost nothingness would soon come all.



quinta-feira, janeiro 26, 2006

Periódicos liberados

Acesso livre pela internet
26/01/2006

Agência FAPESP - O Ministério da Educação (MEC) decidiu liberar o acesso ao Portal de Periódicos da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) a qualquer usuário de internet. A medida já está em vigor. O anúncio foi feito pelo ministro da Educação Fernando Haddad, na segunda-feira (23/1).

Até então, a consulta às 9,5 mil publicações disponíveis no serviço eletrônico estava restrita aos estudantes, professores e funcionários de 163 instituições de ensino superior no país. No Portal de Periódicos, o visitante encontra resumos ou textos na íntegra (apenas na área de história) de dissertações e teses, informações sobre patentes e artigos completos de 1.040 publicações científicas, inclusive todas as disponíveis na biblioteca eletrônica SciELO (Bireme/FAPESP).

Os dados divulgados pela Capes mostram um grande salto no número de acessos ao portal nos últimos cinco anos. Em 2000, eram 9 mil acessos diários para 1,8 mil publicações disponíveis. No ano passado, foi registrada a média de 80 mil visitas por dia. O número de documentos catalogados subiu para 9,5 mil.

Segundo Haddad, a comunidade científica respeita o Portal de Periódicos, que entende ser um instrumento importante para a produção científica. O ministro lembrou que uma das áreas que mais cresceram em termos de informação é a das engenharias, na qual o número de periódicos disponíveis aumentou 232%.

O endereço do Portal de Periódicos é http://acessolivre.capes.gov.br.

quarta-feira, janeiro 25, 2006

Cólera


Nanossegundos de trovão e fúria.


(The Ancient of Days, de William Blake, séc. XVIII)

Para descontrair...

...nada como uma dose de um bom besteirol. E nisto os "Jovens Nerds" são grandes especialistas: http://www.jovemnerd.com.br/.

(Não recomendo a visita em ambiente de trabalho ou em aulas. Ter de segurar uma gargalhada deve até fazer mal à saúde.)

domingo, janeiro 22, 2006

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Histórias da vida real

Lição de vida: nunca deixe testemunhas, não importa a espécie.

Zero Hora - 18/01/2006
O papagaio que delatou a namorada infiel
Programador de computadores desconfiou quando o bicho começou a repetir o nome de outro homem
Londres



Chris Taylor achou engraçado quando seu papagaio, Ziggy, disse "Oi, Gary" pela primeira vez. Mas não desconfiou.

Também não desconfiou quando Ziggy continuou dizendo "Oi, Gary" a cada vez que sua namorada, Suzy Collins, atendia o celular. Seu animal de estimação era um ótimo imitador e decerto aprendera a frase em algum programa de TV.

Suzy, 25 anos, trabalha no call center de uma grande empresa na Grã-Bretanha e já havia se mudado para a casa de Chris, um programador de computadores cinco anos mais velho. O casal de britânicos estava junto havia um ano. Já o papagaio estava com o dono desde que nascera, oito anos atrás. Ambos os relacionamentos pareciam estáveis.

Ziggy continuou repetindo "Oi, Gary", e Chris continuou achando que a ave ouvira aquilo na TV. Até que um dia alguém na TV disse "Gary", e o papagaio, em vez de repetir, fez um barulho de beijo.

Mistério foi desfeito em noite de amor no sofá

Chris desconfiou, enfim. Perguntou a Suzy se conhecia algum Gary. Ela negou, garantiu que não sabia de nada. Mas Chris continuou cismado. Foi no que era para ser uma noite tórrida de amor que o mistério se desfez. O casal se acariciava no sofá quando Ziggy não se conteve:

- Eu te amo, Gary.

Chris estancou. O pior não era a frase, mas a maneira como ela foi dita: Ziggy imitara a voz de Suzy, era possível imaginá-la dizendo aquilo. Pressionada, a namorada entregou tudo, aos prantos. Gary era ex-colega de trabalho e atual amante. Ia visitá-la na própria casa de Chris, quando ele não estava. Depois da confissão, Suzy partiu, na mesma noite.

Hoje, Chris é um homem arrasado. Não pela mulher que perdeu, mas pelo papagaio, que teve de vender.

- Era uma tortura ouvi-lo repetindo aquele nome. Eu o amava muito. Não me importei de terminar com Suzy, mas ver Ziggy ir embora partiu meu coração - contou.

Suzy, que agora mora com amigos, guarda boas lembranças de Chris. Afirma não ter orgulho do que fez, mas garante que o relacionamento já não ia bem havia algum tempo. Mas é só falar no papagaio que ela se eriça:

- Fiquei surpresa ao saber que ele se livrou daquele bicho. Chris passava mais tempo com ele do que comigo. Nunca suportei Ziggy, e agora ficou claro que o sentimento era mútuo.

quinta-feira, janeiro 12, 2006

Google lança site acadêmico no país

Versão brasileira do Google Scholar vai ajudar pesquisadores (e também estudantes que copiam trabalhos alheios)

Renata Cafardo escreve para "O Estado de SP":


O Google lançou ontem no Brasil o Google Acadêmico, a versão em português do Scholar, uma ferramenta de busca direcionada à educação.
O buscador permite a localização de artigos científicos, trabalhos acadêmicos e outras publicações de instituições e entidades brasileiras como USP, Capes e PUC-Rio.
Não há trabalhos em outras línguas traduzidos para o português.
O endereço do Google Acadêmico é o scholar.google.com.br.
A versão para busca de trabalhos em inglês é acessada pelo scholar.google.com.
"Esperamos que pessoas do Brasil usem, mas também que seja utilizado por europeus e americanos que queiram ter acesso a pesquisas brasileiras", disse a "O Estado de SP" o criador do Google Scholar, o indiano Anurag Acharya.
A ferramenta existe desde 2004 em inglês e já foi criada também em chinês, sueco, norueguês, finlandês e dinamarquês.
"Acredito que vai ser útil no Brasil. Os brasileiros já usam muito o Google", disse Acharya, ao ser questionado da razão de lançá-la no país.
O Google Acadêmico funciona filtrando informações que um sistema de busca comum, como o próprio Google, não faria. Blogs, notícias de jornais e outras fontes não acadêmicas ficam de fora do resultado.
Segundo Acharya, o buscador é mais utilizado por estudantes de Universidades, pós-graduandos e professores. "Mas ele também é útil para pessoas comuns que queiram saber mais profundamente sobre câncer, por exemplo", completa.
Copiar e colar
A divulgação de informações sem limites proporcionada por sites como o Google fez surgir no país um grande problema para as escolas e universidades.
Há algum tempo, tornou-se comum a prática de fraudar trabalhos, copiando e colando textos de sites.
Caio (nome fictício), de 25 anos, conta que usou textos da internet para fazer pelo menos metade de seus trabalho no curso de Publicidade de uma grande faculdade particular.
"Pegava informações em vários lugares, mudava algumas palavras e imprimia", diz. Nunca foi descoberto pelos professores. Certa vez, copiou da internet um resumo inteiro de O Príncipe, de Maquiavel, e tirou nota 10.
"A internet é um facilitador para a escola, o que precisamos é ensinar como lidar com ela", diz a diretora pedagógica da Escola Cidade Jardim/Play Pen, Celia Tilkian.
Para ela, se os professores pedirem aos alunos trabalhos reflexivos e não apenas descritivos, fica difícil copiar da internet.
"O problema está menos no aluno e mais na proposta feita pelo professor", concorda o coordenador do ensino médio do Colégio Lourenço Castanho, Wagner Borja. Segundo ele, os casos de cópia da internet são comuns a partir da 8ª série.
Para tentar resolver o problema, o colégio já passou a exigir lições feitas à mão. "Pelo menos, dá um pouco mais de trabalho", diz Borja.
Além disso, quando desconfia de um texto com linguagem inapropriada para um aluno do ensino básico, o coordenador procura no próprio Google a informação causadora da dúvida.
"O buscador acaba mostrando certinho onde a informação estava."
Essa é justamente a defesa de Acharya para os que dizem que seu Scholar poderia propiciar fraudes escolares. Para ele, cópias de livros de bibliotecas sempre existiram e era até mais difícil para o professor descobrir.
"Hoje, se a informação foi pega da internet, fica mais fácil achar a fonte da cópia", explica.
O Google não monitora o uso que é feito dos trabalhos científicos ou artigos disponíveis no Scholar. Mas Acharya diz que não há qualquer problema com violação de direitos autorais.
A ferramenta só ajuda a encontrar mais facilmente informações já disponíveis na rede. Mesmo assim, ele conta que entrou em contato com instituições como USP, PUC-Rio e com a Capes, responsável pela pós-graduação no país.
O buscador apresenta os resultados da pesquisa por ordem de importância, assim como faz o Google.
São considerados relevantes os artigos mais citados na literatura acadêmica e em que publicação ele pareceu. Sempre que possível, o Scholar busca também o texto na íntegra.
O Google existe desde 1998 e foi fundado pelos estudantes de doutorado da Universidade de Stanford, na Califórnia, Larry Page e Sergey Brin.