quinta-feira, maio 26, 2005

Extraordinariamente comum

"Conheço tua conduta: não és nem frio nem quente. Oxalá fosses frio ou quente! Assim, porque és morno, nem frio nem quente, estou para te vomitar da minha boca."

Apocalipse, 3:14.


Um processo lento, discreto. Praticamente não se percebe. Começa, até onde se pode rastreá-lo, com uma ou outra opinião emitida durante uma conversa banal. Depois, se não for detido, ele já se alastrou para os pensamentos cotidianos, os julgamentos quanto a pessoas e situações, até sentimentos, com freqüência acima do usual. Quando se vai perceber, já aconteceu... A complexidade de opiniões, o pesar criterioso dos prós e dos contras, o benefício da dúvida, tudo já se foi... Em seu lugar, apenas o senso comum.

É estranhíssimo observar-se sendo superficial...

Um comentário:

Anônimo disse...

Iniciar teu texto, já denso, com um trecho do Apocalipse... tenha dó de nós, meros humanos a nos arrastar em busca de Maya; por que insistir em abrir nossos olhos velados para o surreal? Insistir em despregar nossas retinas da parede tão luminosa em suas sombras...a caverna!