"Assim, na sua morte, o presidente Kennedy tem muito a dizer a cada um de nós. Ele tem algo a dizer a todo político que alimenta seus eleitores com o pão azedo do racismo e a carne podre do ódio. Tem algo dizer a todo sacerdote que observa as perversidades do racismo e permanece calado por trás da segurança dos vitrais. Tem algo a dizer aos devotos da extrema-direita que despejam palavras venenosas contra a Suprema Corte e as Nações Unidas e rotulam de comunistas aqueles com os quais não concordam. Tem algo a dizer a uma filosofia comunista equivocada pela qual os homens aprenderiam que os fins justificam os meios e que a violência e a negação da liberdade básica são métodos justificáveis para se atingir o objetivo de uma sociedade sem classes.
Ele diz a todos nós que o vírus do ódio que se inseriu nas veias de nossa nação, se não for extirpado, levará inevitavelmente à nossa ruína moral e espiritual." (P. 283.)
"Todos nós estivemos envolvidos na morte de John Kennedy. Nós toleramos o ódio; toleramos a simulação doentia da violência em todas as esferas da vida; e toleramos a aplicação diferencial da lei, pela qual a vida de um homem só é sagrada se ele concorda com nossas opiniões." (P. 284.)