sábado, dezembro 29, 2012
sábado, dezembro 22, 2012
Orgulho
Acho que agora entendo um pouco melhor o seu pecado, Estrela da Manhã, e como ele é insidioso. Insinua-se em corações bondosos, esconde-se nos pequenos desdéns e no riso fácil, separa o que Deus um dia uniu. E como nos salões ciclópicos de Pandemônio, faz o infeliz danado esquecer que se está no inferno, absorto na beleza trevosa do degredo da alma. E o que é pior: alimenta-se dos tesouros do talento e corrompe o pecador pelo que ele tem de mais brilhante. Sim, eras mesmo grande, e por isso caíste tanto... E porque és grande, e te recusas a reconhecer-te também pequeno, continuas no Abismo. Rei no inferno antes que servo no céu... Rei, mas a que preço?
(John Martin - Satã em concílio, 1831.)
quarta-feira, novembro 07, 2012
O conservadorismo americano e a reeleição de Obama
http://www.dicta.com.br/a-vitoria-de-obama-e-o-fechamento-epistemico-de-certo-conservadorismo/
A VITÓRIA DE OBAMA E O FECHAMENTO EPISTÊMICO DO PARTIDO REPUBLICANO
Data do post: 7 de novembro de 2012
“We’re going to talk about Copenhagen. We really live, folks, in two worlds. There are two worlds. We live in two universes. One universe is a lie. One universe is an entire lie. Everything run, dominated, and controlled by the left here and around the world is a lie. The other universe is where we are, and that’s where reality reigns supreme and we deal with it. And seldom do these two universes ever overlap. A great illustration is what’s happening here with what is now incontrovertibly known as a hoax. ” [a farsa a que ele se refere é a teoria do aquecimento global.]
domingo, outubro 07, 2012
Educação político-eleitoral
quarta-feira, setembro 05, 2012
A empolada linguagem acadêmica
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http://www1.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/1147746-batalhas-verbais.shtml
Batalhas verbais
segunda-feira, setembro 03, 2012
Entendendo a direita americana
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Fonte: http://www.tnr.com/book/review/william-rusher-national-review-david-frisk
The Syndicate
- Geoffrey Kabaservice
- August 27, 2012 | 12:00 am
If Not Us, Who? William Rusher, National Review, and the Conservative Movement
by David B. Frisk
quinta-feira, agosto 30, 2012
Estudos sobre a Paz e a Não-Violência em Berkeley
quarta-feira, agosto 08, 2012
segunda-feira, julho 16, 2012
Começo
segunda-feira, junho 25, 2012
quinta-feira, maio 17, 2012
terça-feira, maio 15, 2012
Aterrissagens de três pontos
quarta-feira, maio 02, 2012
sexta-feira, abril 06, 2012
Quão realista é "Guerra de Tronos"?
Game of Thrones as History
Tyrion Lannister (Peter Dinklage) in the HBO Series Game of Thrones (Courtesy HBO).
sexta-feira, março 16, 2012
Nas escadarias da universidade
Quase duas da tarde, dia quente. Saio do campus da UFRJ onde lecionei nos últimos dois anos, e onde tinha passado somente pela banalidade de escovar os dentes após almoçar ali perto. Na saída, vejo no alto da escadaria um rosto levemente familiar, mas passo direto. Já quase no portão, ouço uma voz atrás de mim:
"Professor! Professor!"
Eu me viro. Era a dona do rosto levemente familiar. Entendi na hora que devia ter sido minha aluna, mas não lembrava de quando.
"Você não deve lembrar de mim."
"O rosto é familiar, mas me desculpe, não lembro."
"Eu sou a aluna que disse na sua aula que era comunista."
Lembrei na hora. Segundo semestre de 2011, "Os EUA no século XX", minha última eletiva e playground intelectual. Quase quarenta alunos, uns já meus veteranos de outras disciplinas, a maioria novos para mim. Na primeira ou na segunda aula, lembro de uma garota ter se declarado comunista, o que me chamou a atenção, mas sem maiores elaborações. No resto do curso, era daqueles alunos que mantêm um perfil mais discreto, que tendem a se mesclar no mar de rostos da turma. Ao revê-la, não posso dizer que realmente "lembrei" ter sido ela. (Tem algo de triste em lembrar do fato sem lembrar da pessoa...)
"O senhor vai dar aula de novo?"
"Não, infelizmente meu período aqui acabou. Não volto a dar aula tão cedo aqui. Mas você precisa de ajuda em alguma coisa? Você quer orientação?"
"Não, eu queria aula."
Quando se é professor, é o tipo de coisa boa (e não tão frequente) de ouvir.
“É, você mudou a maneira como eu via os EUA. Até pensei em pesquisar o assunto, mas, mesmo depois de decidir que não, queria conhecer mais.”
“Que bom, é sinal de que o curso cumpriu sua função. A ideia é essa mesmo. Muita gente tem um ranço contra eles. É compreensível, eu mesmo teria, se fosse iraquiano, por exemplo...”
“Então eu queria agradecer.”
Olhei para ela. Já recebi agradecimentos de alunos, geralmente no último dia de aula, quando as despedidas são costumeiras. Mas deve ter sido a primeira vez que um me agradece já no ano seguinte. E ela parecia genuinamente contente ao falar sobre a mudança de perspectiva sobre esse país que tanto nos influencia e é tão vilipendiado.
Não lembro bem o que respondi, só que falei de um outro professor, meu amigo e agora quadro permanente da faculdade, também americanista, que também provavelmente oferecerá disciplinas na área. E agradeci também, pois o que ela me disse servia de estímulo. Professores também gostam de ouvir essas coisas, elas nos propelem a continuar, a dar nosso melhor.
Despedimo-nos e cada um foi para um lado. Mas fui embora agradecido. Se ela tivesse dito simplesmente que as aulas foram boas, confesso, eu não teria ficado muito comovido. Feedback positivo é ótimo, claro, mas pode-se dizer que uma aula é boa sem que tenha representado nada de muito significativo. “Boa” pode ser simplesmente “correta”, o mínimo que toda aula deve ser. Mas mudar a visão de alguém, isso é diferente. É dizer que, pelo menos para uma pessoa, você fez a diferença — que todos aqueles textos, slides e horas de pesquisa, estudo e planejamento valeram a pena. É, enfim, o Santo Graal do educador.
domingo, fevereiro 26, 2012
sábado, fevereiro 25, 2012
A morte e a esperança
Gosto de ler a Revista Espírita, não só pelos ensinamentos que contém e as hipóteses que apresenta (nem todas incluídas nos livros regulares de Allan Kardec, seu editor), mas também por razões estéticas. Tem-se ali uma variedade de temas, controvérsias e alusões que nenhum tomo doutrinário permitiria. Hoje, preparando-me para uma palestra, eis que me deparei com esta bela oração fúnebre de Victor Hugo, um autor que infelizmente li pouco, mas que desde as primeiras páginas tenho como um dos meus favoritos. E, como se tratava de uma publicação espírita, afinal, foi um dos raros casos em que tal discurso teve uma réplica.
Revista Espírita, fevereiro de 1865:
Discurso de Victor Hugo junto ao
Túmulo de uma Jovem
“Em algumas semanas ocupamo-nos de duas irmãs: casamos uma e sepultamos a outra. Eis o perpétuo tremor da vida. Inclinemo-nos, meus irmãos, ante o severo destino.
“Inclinemo-nos com esperança. Nossos olhos não foram feitos para chorar, mas para ver; nosso coração não foi feito para sofrer, mas para crer. A fé numa outra existência nasce da faculdade de amar. Não o esqueçamos: nesta vida inquieta e apaziguada pelo amor, é o coração quem crê. O filho conta encontrar a seu pai; a mãe não consente em perder para sempre o filho. Esta recusa do nada é a grandeza do homem.
“O coração não pode errar. A carne é um sonho; ela se dissipa. Se esse desaparecimento fosse o fim do homem, tiraria à nossa existência toda sanção. Não nos contentamos com esta fumaça que é a matéria; precisamos de uma certeza. Quem quer que ame, sabe e sente que nenhum dos pontos de apoio do homem está na Terra. Amar é viver além da vida. Sem esta fé, nenhum dom perfeito do coração seria possível; amar, que é o objetivo do homem, seria o seu suplício. O paraíso seria o inferno. Não! digamos bem alto, a criatura amante exige a criatura imortal. O coração necessita da alma.
“Há um coração neste féretro, e esse coração está vivo. Neste momento ele escuta minhas palavras.
“Emily de Putron era o doce orgulho de uma família respeitável e patriarcal. Seus amigos e parentes tinham por deleite sua graça e por festa seu sorriso. Ela era como uma flor de alegria a desabrochar na casa. Desde o berço era cercada de todas as ternuras; cresceu feliz e, recebendo felicidade, dava felicidade; amada, amava. Ela acaba de partir.
“Para onde foi? Para a sombra? Não.
“Nós é que estamos na sombra. Ela está na aurora.
“Ela está na glória, na verdade, na realidade, na recompensa. Essas jovens mortas, que não fizeram nenhum mal na vida, são bem-vindas do túmulo, e sua cabeça se ergue suavemente fora da sepultura, para uma coroa misteriosa. Emily de Putron foi buscar no céu a serenidade suprema, complemento das existências inocentes. Ela se foi: juventude, para a eternidade; beleza, para o ideal; esperança, para a certeza; amor, para o infinito; pérola, para o oceano; Espírito, para Deus.
“Vai, alma!
“O prodígio desta grande partida celeste, que chamam morte, é que os que partem não se afastam. Estão num mundo de claridade, mas assistem, como testemunhas enternecidas, ao nosso mundo de trevas. Estão no alto, e muito perto. Ó, quem quer que sejais, que vistes desaparecer na tumba um ente querido, não vos julgueis abandonados por ele. Está sempre lá. Está ao vosso lado mais que nunca. A beleza da morte é a presença. Presença inexprimível das almas amadas, sorrindo aos nossos olhos em lágrimas. O ser chorado desapareceu, mas não partiu. Não mais percebemos o seu rosto suave... Os mortos são os invisíveis, mas não estão ausentes.
“Rendamos justiça à morte. Não sejamos ingratos para com ela. Ela não é, como se diz, um aniquilamento, uma cilada. É um erro acreditar que tudo se perde na obscuridade desta fossa aberta. Aqui tudo reaparece. O túmulo é um lugar de restituição. Aqui a alma retoma o infinito; aqui ela readquire a sua plenitude; aqui entra na posse de sua misteriosa natureza; liberta-se do corpo, liberta-se da necessidade, liberta-se do fardo, liberta-se da fatalidade. A morte é a maior das liberdades. É, também, o maior dos progressos. A morte é a ascensão de tudo o que viveu em grau supremo. Ascensão fascinante e sagrada. Cada um recebe o seu aumento. Tudo se transfigura na luz e pela luz. Aquele que na Terra só foi honesto torna-se belo; o que foi apenas belo torna-se sublime; o que só foi sublime torna-se bom.
“E agora, eu que falo, por que estou aqui? o que é que trago a esta fossa? com que direito venho dirigir a palavra à morte? Quem sou eu? Nada. Engano-me, sou alguma coisa. Sou um proscrito. Exilado pela força ontem, exilado voluntário hoje. Um proscrito é um vencido, um caluniado, um perseguido, um ferido do destino, um deserdado da pátria. Um proscrito é um inocente sob o peso de uma maldição. Sua bênção deve ser boa. Eu abençoo este túmulo.
“Abençôo o ser nobre e gracioso que está nesta fossa. No deserto encontram-se oásis; no exílio encontram-se almas. Emily de Putron foi uma dessas encantadoras almas encontradas. Venho pagar-lhe a dívida do exílio consolado. Eu a abençôo na profundeza da sombra. Em nome das aflições sobre as quais ela resplandeceu docemente, em nome das provações do destino, para ela acabadas, para nós continuadas; em nome de tudo o que ela esperou outrora e de tudo o que obtém hoje, em nome de tudo o que ela amou, abençôo esta morte, abençôo-a na sua grandeza, na sua juventude, na sua ternura, na sua vida e na sua morte; abençôoa na sua branca túnica sepulcral, na sua missão que deixa desolada, no seu caixão, que sua mãe encheu de flores e que Deus vai encher de estrelas!”
quinta-feira, fevereiro 23, 2012
Relatos de viagem na América Latina
quarta-feira, fevereiro 22, 2012
Obsolescência programada
sexta-feira, fevereiro 10, 2012
Na era dourada do rádio americano
terça-feira, fevereiro 07, 2012
sábado, janeiro 28, 2012
Bolívia homenageia "Chaves"
Bolívia faz homenagem a ator de "Chaves" por seus 40 anos de carreira
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DA EFE, EM LA PAZ
Atualizado às 20h19.
Mais de 2.000 bolivianos homenagearam neste sábado o comediante mexicano Roberto Gómez Bolaños, o "Chespirito", intérprete do Chaves e do Chapolin, com um festival de dança dedicado a seus 40 anos de carreira como parte dos tributos que acontecerão em vários países da América Latina.
Veja galeria de fotos da homenagem
Crianças, jovens e inclusive adultos disfarçados com os populares personagens do humorista fizeram durante várias horas uma coreografia em massa na praça San Francisco em La Paz, em um ato organizado pelo canal "Bolivisión".
O local ficou lotado de imitadores do "Chaves", "Chapolin", "Quico", "Chiquinha", "Dona Florinda", "Professor Girafales", "Doutor Chapatin" e "Bruxa do 71", entre outros.
A chefe de Marketing da emissora, Paola Jordán, disse à Agência Efe que a Bolívia é o primeiro país onde é feita a coreografia em para devolver a "Chespirito" o carinho que ele concedeu aos latino-americanos durante 40 anos de televisão.
A homenagem, denominada "América celebra Chespirito", será realizada em 17 países, entre eles Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Equador, Estados Unidos, México, Peru e Nicarágua.
As celebrações na Bolívia incluem concursos para escolher os melhores imitadores do Chaves e descobrir histórias reais parecidas com as do personagem televisivo.
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