quarta-feira, outubro 28, 2009

Uma continuação para "Drácula"

Continuações de clássicos escritas por terceiros são um risco. Fora a aparência de profanação, eles tiram proveito justamente daquilo que pode tornar uma obra dessas fascinante, as pontas soltas, o que resta inacabado à espera da imaginação do leitor.

Será que funciona?

Em 2010 eu pretendo conferir.

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28/10/2009 - 08h32

Herdeiro de Bram Stoker ressuscita o maior vampiro da literatura

da Folha Online

Presente em diversas culturas, o mito da criatura que foge do sol e se alimenta de sangue mantém-se presente até os dias atuais. Não há um consenso quanto à lenda que originou a ideia do vampiro tal qual a conhecemos, mas o texto de Bram Stoker ajudou a popularizar suas histórias.

Divulgação
Bram Stoker terá a obra "Drácula" continuada por seu herdeiro
Herdeiro do escritor Bram Stoker fará continuação de "Drácula"

Apesar de não ter sido a primeira aparição literária destes seres,"Drácula" --escrito originalmente em 1897-- foi a de maior relevância e atravessou os séculos. Em forma de diários, Stoker relata a história de um homem que parte em uma viagem de negócios para a Transilvânia. Hospedado no castelo de seu cliente, Jonathan Harker estranha o medo intenso dos moradores e a rotina do local.

Assustado, volta para a Inglaterra e para sua noiva Mina Murray. Em casa, algo estranho ocorre com a melhor amiga de Mina e os pretendentes da jovem chamam o doutor Van Helsin para averiguar. O velho percebe que o cliente estrageiro de Harker está envolvido nos estranhos incidentes e que ele pode ser um vampiro.

Envolto em uma aura de mistério e sedução, a obra levou os leitores a questionarem se este homem realmente existiu. Historiadores deduzem que Stoker baseou-se no príncipe Vlad Tepes, que viveu em 1491 e era o governante da atual região da Romênia. Sua fama era de extrema crueldade contra seus inimigos. Empalava aqueles que derrotava.

Mito ou realidade, o tirano --e a obra irlandesa-- tornou-se fonte de inspiração para outras produções (no cinema, na literatura, na televisão e nos quadrinhos) que apresentam o nobre sugador de sangue como vilão ou herói.

Adaptado inúmeras vezes para o cinema, "Drácula" acabou conhecido como a origem dos seres das trevas ou ao menos o mais importante deles.

Editado e reeditado repetidas vezes, o clássico do terror ganha agora uma continuação. Dacre Stoker, sobrinho-bisneto do autor, e o especialista em vampiros Ian Holt acabam de publicar"Dracula: The Un-Dead" , pela editora Dutton Adult, na Grã-Bretanha, Estados Unidos, França e Canadá. No Brasil, a Ediouro planeja lançá-lo em fevereiro de 2010. Seus direitos já foram vendidos para o cinema.

Na nova trama, o conde retorna sedento por vingança e se une à condessa Bathory --outra das possíveis fontes de inspiração para o original-- para eliminar os sobreviventes do primeiro livro e enfrentar o agora crescido filho de Mina e Jonathan. Elogiado por manter o clima sombrio e imprimir uma narrativa moderna, "Drácula" mostra-se mais vivo do que nunca. E o melhor, com sangue novo em suas páginas.

sábado, outubro 24, 2009

Distrito 9...




...também poderia se chamar "E se Eichmann se descobrisse judeu?"


Ao contrário do que muita gente pensa, não é um filme sobre o apartheid. É muito melhor do que isso!

sexta-feira, outubro 16, 2009

O fim de uma farsa?


Tirado daqui.



Shroud of Turin replicated by Italian scientist using ancient techniques may prove the relic a fake

Tuesday, October 6th 2009, 9:15 AM

ROME - An Italian scientist says he has reproduced the Shroud of Turin, a feat that he says proves definitively that the linen some Christians revere as Jesus Christ's burial cloth is a medieval fake.

The shroud, measuring 14 feet, 4 inches by 3 feet, 7 inches bears the image, eerily reversed like a photographic negative, of a crucified man some believers say is Christ.

"We have shown that is possible to reproduce something which has the same characteristics as the Shroud," Luigi Garlaschelli, who is due to illustrate the results at a conference on the paranormal this weekend in northern Italy, said on Monday.

A professor of organic chemistry at the University of Pavia, Garlaschelli made available to Reuters the paper he will deliver and the accompanying comparative photographs.

The Shroud of Turin shows the back and front of a bearded man with long hair, his arms crossed on his chest, while the entire cloth is marked by what appears to be rivulets of blood from wounds in the wrists, feet and side.

Carbon dating tests by laboratories in Oxford, England; Zurich, Switzerland, and Tucson, Ariz., in 1988 caused a sensation by dating it from between 1260 and 1390. Skeptics said it was a hoax, possibly made to attract the profitable medieval pilgrimage business.

But scientists have thus far been at a loss to explain how the image was left on the cloth.

Garlaschelli reproduced the full-sized shroud using materials and techniques that were available in the Middle Ages.

They placed a linen sheet flat over a volunteer and then rubbed it with a pigment containing traces of acid. A mask was used for the face.

The pigment was then artificially aged by heating the cloth in an oven and washing it, a process which removed it from the surface but left a fuzzy, half-tone image similar to that on the Shroud. He believes the pigment on the original Shroud faded naturally over the centuries.

They then added blood stains, burn holes, scorches and water stains to achieve the final effect.

The Catholic Church does not claim the Shroud is authentic nor that it is a matter of faith, but says it should be a powerful reminder of Christ's passion.

One of Christianity's most disputed relics, it is locked away at Turin Cathedral in Italy and rarely exhibited. It was last on display in 2000 and is due to be shown again next year.

Garlaschelli expects people to contest his findings.

"If they don't want to believe carbon dating done by some of the world's best laboratories they certainly won't believe me," he said.

The accuracy of the 1988 tests was challenged by some hard-core believers who said restorations of the Shroud in past centuries had contaminated the results.

The history of the Shroud is long and controversial.

After surfacing in the Middle East and France, it was brought by Italy's former royal family, the Savoys, to their seat in Turin in 1578. In 1983 ex-King Umberto II bequeathed it to the late Pope John Paul.

The Shroud narrowly escaped destruction in 1997 when a fire ravaged the Guarini Chapel of the Turin cathedral where it is held. The cloth was saved by a fireman who risked his life.

Garlaschelli received funding for his work by an Italian association of atheists and agnostics but said it had no effect on his results.

"Money has no odor," he said. "This was done scientifically. If the Church wants to fund me in the future, here I am."

segunda-feira, outubro 05, 2009

Os tempos estão mudando

Durante muito tempo, acostumado como todo o mundo à televisão e ao cinema, eu não percebia certas coisas. Foi só já praticamente adulto, depois de ter visto em pessoa a atriz Betty Faria em um evento na UERJ, e mais tarde uma repórter da Globo, que passei a reparar na pesada maquiagem do pessoal que trabalha nos meios audiovisuais. Deve ter sido por essa época, também, que comecei a reparar na diferença entre o corpo que eu via na tela e as reais proporções físicas daquelas pessoas. Dizem que a TV dá a aparência de 4 a 5 quilos a mais, e é verdade. Isso significa que, se uma pessoa parece magra na tela, é porque ela é mais magra ainda.

Sendo assim, que dizer disso ou disso? Isso é um modelo viável para se tornar um padrão? (Supondo, aliás, que exista um modelo capaz de ser um padrão justo.) Então, foi com alegria que, em meus passeios virtuais, topei com isto:




A imagem acima é da revista americana Glamour, que aparentemente reconheceu o óbvio: que a grande maioria das mulheres reais que compram sua revista não são exatamente as ninfas (muito) magras que usualmente aparecem na revista. Trata-se de uma saudável tendência que vem se manifestando há poucos anos, pelo menos desde que se começou a exigir padrões físicos mais saudáveis em alguns eventos de moda. A discussão sobre o cruel modelo de "beleza" propagado nesse meio, e aceito acriticamente por milhões de mulheres (muitas ainda muito jovens e despreparadas para resistir adequadamente) em todo o mundo ganhou repercussão, e se manifestou até na publicidade de alguns produtos cosméticos. No caso da Glamour, mais do que um capa isolada, trata-se de um compromisso editorial: a revista diz em seu site que doravante diversificará o padrão físico das modelos que retrata de forma permanente. E pensar que tudo começou com essa foto singela...

Longa vida ao realismo estético!