sábado, agosto 19, 2006

Emoções e decisões morais

Dilema 1: cinco pessoas estão num vagão descontrolado, que ruma para a destruição. Porém, próximo aos trilhos, numa passarela, está um indivíduo corpulento que, se posto no caminho do veículo, fatalmente o fará parar. Claro, nosso rechonchudo herói pagaria com a vida o salvamento de cinco pessoas. Você está na passarela no momento em que o cenário acima se apresenta. Não há muito tempo para pensar. O desfecho da história está em suas mãos: sacrificar cinco vidas ou uma.

Pergunta: Você empurra o sujeito da passarela para os trilhos?


Dilema 2: O mesmo vagão, as mesmas cinco prováveis vítimas. Mas há uma opção para elas: se você, o operador dos trilhos, puxar uma alavanca, o trajeto do vagão mudará para uma via alternativa na qual o vagão poderá ser parado. Contudo, há uma pessoa parada no meio dessa outra via, e o desvio certamente a matará.

Pergunta: Você puxa a alavanca?


Pense um pouco. Digamos que por 15 segundos.


Você respondeu "Não" à primeira pergunta e "Sim" à segunda? Se foi o caso, saiba que boa parte das pessoas interrogadas a respeito em uma experiência concordam com você. O problema é que, quando assistiam a um programa humorístico antes, elas se sentiam bem mais dispostas a empurrar o nosso heróico transeunte desavisado passarela abaixo. Apenas uma das pistas para o quanto as emoções influenciam nosso julgamento moral. Cortesia do Boston Globe.

O quê? Você respondeu "Não" às duas perguntas? Hmmm... Neste caso, sugiro ler isto. Só por precaução.

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