"Eu considero cartas uma benção. Adoro ler, adoro conhecer a caligrafia das pessoas, gosto de receber cartas em que não houve revisão nem Liquid Paper, com erros sendo reparados à base de riscos ou asteriscos mesmo.
(...)
Mas eu, uma verdadeira anacrônica em muitas coisas, adoro escrever à mão. Não é sempre, claro, mas certas palavras fluem muito melhor do lápis ou caneta para o papel. Declarações apaixonadas por e-mail? Raramente. Por 'scrap' no orkut, então, jamais! Posso até declarar alguma coisa sim, mas nunca terá o romantismo que uma Bic e um bloco de anotações promovem.
Estou ansiosa para saber o teor das cartas trocadas entre Scott Fitzgerald e Zelda. E também para fazer minha imaginação voltar à época em que e-mail, scraps ou 'torpedos' em celular deveriam ser considerados coisa de ficção científica.
'Ai de mim que sou romântica...'"
Patrícia Köhler, em seu excelente Striptease Cerebral.
Pelo visto, não sou o único saudoso de cartas a se queixar Internet afora... Se mais gente aderir, quem sabe não poderemos fazer um movimento pelo retorno saudável às boas e velhas epístolas à mão?
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